terça-feira, 31 de março de 2009

Mistérios em Floripa

Um homem de 40 anos? Teria sido ele o assassino do atacante do Avaí? Mas, qual seu nome? Por que ele, afinal, tinha um rifle? O Capitão ficou com essas perguntas vagando em sua mente, como um trem desgovernado prestes a cair. O destino não era certo, nem a passagem era validada. Mas, a essa altura, não perderia nada em arriscar. E, pensando assim, o fez, diretamente ao dono da loja:Quer ler a continuação? Clique aqui

sexta-feira, 27 de março de 2009

Meu computador pifou!

Por Rodrigo Capella*

Posso admitir, com toda a certeza, que a tecnologia me domina e me confere um certo status de dependência. Esta semana, meu computador pifou e fiquei sem atualizar, com frequência, meu blog, fotolog, myspace, facebook, Blip.fm, orkut e (a onda do momento).... Twitter. Nossa! Eu diria há meses atrás.

Mas, agora não recito. Essas tecnologias, para mim, são básicas como o pão. Se como, é porque gosto do sabor. E olha que sempre comi muito delas. Mas, a falta do contato com a tecnologia nos permite interpretações, muitas sadias: por que dependo do computador? Vivo sem ele?

E se ele morrer? Pensamento puro de paternidade, mas sábio! Sábio até certo ponto: consigo produzir sem o teclado? Comunico-me sem MSN? Envio carta e não e-mail? Caramba! Pois, é. E assim, na dúvida cretina, caminha a humanidade.

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta, roteirista e palestrante. Autor de vários livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br

segunda-feira, 23 de março de 2009

Capítulo 01 - A morte de Leleco

Por Rodrigo Capella*

Floripa é sempre uma cidade calma, calma até demais. Com pitadas de interior e boa qualidade de vida, parece resistir aos progressos e à globalização. Essa é a sensação mais comum que se tem ao retornar à ilha ou ao visitá-la pela primeira vez. Tudo – ou quase tudo – parece parar no tempo. E isso é realmente muito bom: belas mulheres, paissgens únicas, linda praias e tudo muito perto. Por que mudar quando se tem tudo?
A pergunta já é uma resposta, simples, mas interrompe qualquer objeção. Até porque a coisa não é tão parada assim: para deleite, a cidade tem uma coisa agitada: lá a bola realmente rola e é disputada. Mas, isso só ocorre mesmo quando os dois principais times da cidade (Avaí e Figueirense) protagonizam jogos decisivos – para ser mais exato: em final de Campeonato Catarinense.
Quem não se lembra as vezes em que isto ocorreu? Foram várias, com resultados mais diveros e inesplicáveis. E hoje as diversas camisas e bandeiras azuis, brancas e pretas denunciavam: a rivalidade iria decidir mais um campeonato. No primeiro jogo, deu empate. Quem vencesse este, se consagraria Campeão Catarinense de 2020.
Os dois times estavam completos e a torcida acompanharia os principais craques deste ano. Os atacantes Leleco e Thomas, do Avaí, e os zagueiros Idelbrand e Maicom, do Figueira. Imperdível!Na véspera do clássico, o técnico do Figueira, Edmundo Tavares, destacou: “precisamos parar Leleco. Quero dois jogadores na marcação dele. Façam qualquer coisa para parar este jogador. Caso contrário, perderemos o jogo. Estou avisando”.
Agora, dentro do ônibus a caminho da Resacada, Tavares relembrou: “vamos com força. Parem Leleco. Façam qualquer coisa, mas ele não pode fazer gols. No último jogo, demos sorte com o empate. Mas, agora é no campo dos caras”.O veículo estaciona, perto do vestiário, e os jogares do Figueira entram na Resacada. Poucos minutos depois, é a vez do Avaí levar seus jogadores ao Estádio. Como o time havia treinado um dia antes, não havia motivos para chegar mais cedo.
No aquecimento, Nonato Neves, técnico do Avaí, repassava algumas jogadas ensaiadas: “Matheus, se pocisione à esquerda e toque rapidamente para o Marcilio, que conduzirá até o meio da área e tocará para o Leleco abrir o placar. Precisamos desta jogada o mais rápido possível”.
Antes dos jogadores iniciarem a tradicional oração, Neves pontuou: “Fiquem de olho no Leleco, não deixem que ele sofrer uma entrada dura ou qualquer outro tipo de coisa durante o jogo. Conto com vocês. Vamos lá time!!!”.
Poucos minutos depois, Avaí e Figueira entram em campo. Após a tradicional foto, com todos os jogadores e cartolas do time, as equipes iniciam o trabalho com bola. Leleco está motivado, como nunca. Contratado junto ao Marcílio Dias, pequeno time do Estado, o atacante tinha como objetivo chegar à Seleção Brasileira. Parecia muito, mas o jovem tinha realmente talento e muito potencial. Defender o time canarinho era, portanto, questão de tempo.
O apito inicia a partida e a bola, rapidamente, é lançada, conforme Neves pedira, para a estrela do jogo, Leleco. Com muita habilidade, dibla o goleiro e...... ouve um barulho, algo muito próximo e estranho. Rapidamente, coloca a mão no peito, vê sangue e desmaia dentro do gol adversário. A bola não chega a entrar.
Mas, afinal, o que aconteceu? A grande revelação do Avai acabara de levar um tiro direto no coração, sem chance de suspiros e de vida. Por que matariam Leleco? Quem realmente iria lucrar com a morte deste notável jogador?
(CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO)

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de vários livros, entre eles "Transroca, o navio proibido", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Mais infos: www.rodrigocapella.com.br

sexta-feira, 20 de março de 2009

Como publicar um livro?


Por Rodrigo Capella*
Continua imensa a quantidade de e-mails que venho recebendo com essa pergunta. Por isso, vou respondê-la detalhadamente e de uma vez por todas. Atenção: pegue um lápis, um bloco de anotações e vamos em frente. Inicialmente, é preciso saber que, no Brasil, existem dois tipos de editoras: comercial e prestadora de serviço. Uma editora comercial patrocina o seu projeto (leia-se livro) e investe em divulgação e marketing para vender o maior número de exemplares possíveis.

Já, em uma prestadora de serviço, o autor arca com todos os custos da publicação. Quais as vantagens? Uma prestadora de serviço entrega uma considerável quantidade de livros para o autor, sem que ele precise implorar. Já uma editora comercial consegue colocar o livro, com mais facilidade, nas livrarias e tem uma boa distribuição.

Pense bem e escolha para qual editora você quer enviar os originais. Sempre é bom destacar que uma editora comercial somente patrocina um livro se ele se encaixa na seguinte proposta: vende, dá prestígio e aumenta a credibilidade da editora. Por isso, antes de submeter um livro á avaliação de uma editora, questione se ele realmente se enquadra no que acabei de expor. Se sim, envie os originais. Se não, reescreva o livro. É melhor ele ser reescrito agora do que você perder bastante tempo e dinheiro enviando originais que nunca serão lidos ou publicados. A maioria dos livros são recusados por uma editora comercial porque apresentam, principalmente, falta de qualidade literária e desacordo com a linha de publicações sustentada pela editora. Então, pense nisso! Se o seu livro é de poesia, envie para uma editora que publique esse tipo de livro.

Parece óbvio, mas muitos autores costumam errar. Quando você enviar seus originais a uma editora, prepare uma boa apresentação do livro, discorrendo detalhadamente sobre a proposta dele e apresentando argumentações. Prepare também um currículo, contando sobre as suas experiências profissionais. Imprima seu livro em folhas brancas e que proporcione boa visualização. Junte todo esse material, coloque em um envelope e envie. Não é necessário preparar um layout diferenciado. Apenas digite o texto no programa word, letra Times New Roman fonte 12. Evite cores exóticas, dando preferência ao preto. Não prepare ilustrações ou sugestões de capa.

A editora não valoriza esse tipo de trabalho e poderá, ainda, ficar irritada ao receber vários desenhos junto com o livro. Também não perca tempo escrevendo a orelha ou a contracapa; isso é tarefa da editora. Não esqueça: faça uma bela revisão no seu texto e ainda contrate um bom revisor. Quanto menos erros o original tiver, maior será a chance dele ser publicado. Coloque seus dados pessoais (nome, telefone e endereço) na primeira página do livro para que a editora possa entrar em contato, enviando uma carta com a mensagem “infelizmente, a sua obra não se encaixa com a proposta da editora” ou telefonando para dar o “sinal verde”.

Vale, ainda, uma observação final: caso sua obra seja escolhida, atente-se ao contrato de edição. Por exemplo, nele é definido quanto tempo a editora tem para publicar o livro e quanto você ganhará por preço de capa, normalmente 10%. Discuta tudo o que estiver escrito, não esqueça de nada. Dessa forma, você evita surpresas e experiências desagradáveis. Agora, se você acabou de escrever um livro e se sente um pouco confuso.

Prepare-se para ler as sábias palavras de Érico Veríssimo: “em geral quando termino um livro encontro-me numa confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra mais tarde, quase sempre penso: não era bem isto o que queria dizer”. Saiba, portanto, que esse sentimento é perfeitamente comum e não tenha pressa em preparar um bom material para enviar a editora. Ah! Só faço um pedido: não esqueça de me convidar para o lançamento do seu livro.

(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de vários livros, entre eles "Transroca, o navio proibido", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br

quarta-feira, 18 de março de 2009

Qual a vantagem dos blogs?

Por Rodrigo Capella*


A Internet é uma ferramenta que ajuda os poetas a lutarem contra um grande complô que existe contra a poesia. Um jovem escritor vai à uma editora com os originais do livro e logo escuta do editor: “meu rapaz, desista, poesia não vende. Eu não vou publicar isso”. Percebe-se, então, que “poesia não vende” já virou jargão no mercado editorial. Ainda tem mais: os poucos livros de poesia que chegam às livrarias ficam escondidos em estantes e o público não os encontra. Se não encontra, não compra. O ciclo volta para a editora, que diz: “poesia não vende”. Fora isso o poeta se esconde muito na gaveta, tem medo de conversar com o público. A Internet, o ajuda a se expressar e ter mais contato com os leitores. Desta forma, os blogs, hoje em dia, são fundamentais para espalhar ideias, pensamentos e atitudes literárias. Com a Internet, o autor tende, a todo custo, lutar contra o complô. E mais: tem um espaço ilimitado. Afinal, o verdadeiro poeta é aquele que escreve com prazer, que lê bastante e, principalmente, tem um blog, atualizado diariamente. Esse é o princípio básico de todo poeta. É assim que ele pode reverter o cenário alarmante que temos: os brasileiros lêem pouco!! Blogs, Flogs, e Sites podem, então, ser instrumentos para educar. Afinal, essas ferramentas tornam a leitura mais alegre, reflexiva e interessante. Para quem tem preguiça de ler, o blog, flog e os sites são uma opção muito saudável. Eles têm interatividade, ótimo conteúdo e informações cotidianas que levam qualquer pessoa a uma reflexão sobre a importância da vida e da poesia. Em suma, quem tem acesso a essas ferramentas, certamente será uma pessoa mais comunicativa e de bem com a vida. Quer apostar?


(*) Rodrigo Capella é escritor, palestrante e poeta. Autor de vários livros, entre eles "Enigmas e Passaportes", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br

domingo, 15 de março de 2009

Mistério em Floripa

Sou o novo colunista do site De Olho Na Ilha, no qual assinarei a coluna "Mistérios em Floripa". Floripa será palco de uma história de ficção: uma grande aventura policial, com assassinato, detetive e enigma. Quer saber mais? Acesse, aqui

quarta-feira, 11 de março de 2009

A Cabana

Estou lendo “A Cabana”, de William P. Young. O livro impressiona, principalmente, a partir do terceiro capítulo, quando os fatos são mais contundentes e nos prendem feito garras animalescas. Quando terminar, comento.

domingo, 8 de março de 2009

Desintoxicação se faz preciso – e como!



Por Rodrigo Capella*

Esqueça, por um momento, todas as tradições indianas e tente não se influenciar com a novela “Caminho das Índias” (TV Globo). Esta coluna convida você a conhecer uma outra Índia – totalmente diferente daquela a que você está acostumado a ver. Por isso, uma desintoxicação se faz preciso – e como!

Tente também não prejulgar e não comparar os elementos que serão apresentados aqui – deixe isso por conta do autor da coluna. Mas, atenção: abra sua mente e deixa-a livre para assimilar e armazenar informações modernas, como as trazidas, por exemplo, no livro “Sua resposta vale um milhão”, o primeiro do indiano Vilkas Swarup.

Nesta bela obra, traduzida para 37 países antes mesmo da premiação no Oscar – melhor roteiro adaptado -, é narrada a história de um indiano pobre que se consagra ao responder perguntas de um programa televisivo. O diferencial do livro está justamente na condução da história de Swarup: o jovem indiano viaja por cidades e protagoniza momentos – bons e ruins -, que o ajudam e muito a responder as questões.

Já no filme “Quem não quer ser um milionário?”, baseado no livro sob a direção de Danny Boyle, a miséria e pobreza mostradas na obra impressa são acentuadas, com cenas que retratam o cotiano das pessoas que habitam favelas. A opção é justificada: o direto inglês sempre gostou de causar polêmicas e de aumentar algumas delas. É dele, por exemplo, o filme “Trainspotting” (1996), que narra a vida de um grupo viciado em heroína. Durante o lançamento do longa, Boyle foi acusado de promover o sua das drogas e foi recriminado por autoriadades, incluindo o então senador Bob Dole.

O fato é que as palavras e atitudes adversárias não abalaram Boyle. Em “Quem não quer ser um milionário?”, alguns outros aspectos são destacados, como a violência. Ganha mais importância, por exemplo, o fato de adultos maltratarem algumas crianças, feriando-as, já que as deficientes tinham mais chance de obter esmola nas ruas. O personagem principal – o jovem indiano – poderia ter este fim, mas foi salvo a tempo pelo irmão.

Ao optar por uma abordagem como esta, Boyle faz de “Quem não quer ser um milionário?” um filme sobre destino, destacando que o jovem estava predestinado ao sucesso, enquanto o livro de Swarup foca em sorte e consequência, ou seja, o fato do protagonista saber as respostas foi um mero acaso. Afinal, o rapaz não é culto e só armazenou o conhecimento necessário para triunfar porque vivenciou cada uma das respostas.
Há outros elementos que também estão em choque: na obra impressa, por exemplo, trechos da guerra entre Índia e Palestina são mostrados com uma certa riqueza. Já no filme, eles simplesmente não aparecem. Abordagem diferenciada ou falta de dinheiro para narrar este aspecto no filme? Difícil de se dizer, mas de Boyle pode-se esperar tudo. Nada do que ele faz é inconsciente ou prematuro, tudo tem um porque e merece ser respeitado.

Afinal, Boyle dirigu nada menos do que “Sunshine” (2007), longa que prevê o desaparecimento do Sol em 2057 e o fim de toda uma humanindade. A última esperança é uma nave especial que tem uma bomba atômica e poderá revitalizar o Sol. Alguém quer embarcar? Eu não recomendo!


(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta, jornalista e palestrante. Autor de vários livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br

domingo, 1 de março de 2009

Portal Terra sorteia Rir ou Chorar

O Portal Terra está sorteando 10 exemplares do meu livro "Rir ou Chorar", que desvenda os bastidores do cinema brasileiro. Para concorrer, clique aqui e acesse o Clube Terra.

Leia uma história do livro:

No filme O Cangaceiro, o ator Paulo Gorgulho se desentendeu com o diretor Anibal Massaini Neto. O motivo: o sol estava quente, as roupas que o elenco usava era pesada e o desgaste da equipe estava grande. Um produtor do filme foi conversar com o Paulo e lembrou o que havia acontecido com Willian Hurt e Hector Babenco nas filmagens de O beijo da mulher aranha: Babenco e Hurt haviam se desentendido, mas voltaram atrás e filmaram. Resultado: Hurt ganhou o Oscar de melhor ator pelo filme. Ao ouvir essa história, Paulo voltou atrás e filmou.