terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Texto 02 – Autor: Rodrigo Capella – Presença confirmada no evento



Atitude

Por Rodrigo Capella*

Rimar faz mal,
coitado do poeta,
que por qualquer razão,
quer ligar, rimar, juntar.

Prefiro versos soltos,
pequenos e grandes,
cheios de gentes,cantantes, falantes, antes.

Porra! O que eu faço?
versos e rimas,narro fatos.

Reflito o momento,comento,
assuntos assim,
não vejo essência,
em fazer versos pra mim.






(*) Rodrigo Capella é escritor e poeta. Autor de vários livros, entre eles "Transroca, o navio proibido", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor gaúcho Ricaro Zimmer. Mais informações: http://www.rodrigocapella.com.br/

Texto 01 – Autor: Paulo Marcondes Neto – Presença confirmada no evento


Arte em suas mais variadas fases no Brasil



Por Paulo Marcondes Neto*

Como conceituar Arte em um período, no Brasil, em que pegamos o “Barco Andando” ? Nossa mais usual referencia é a bagagem Européia. É fundamental ressaltar que fomos descobertos em 1500 d.C., e que passamos a ser efetivamente colonizado em 1530 d.C. aproximadamente.


As coisas no Brasil estavam na linha evolutiva da pedra polida quando Pedro Álvares Cabral chegou a Porto Seguro. Nossos primeiros habitantes viviam nus e adoravam espíritos diferentes, do ponto-de-vista conceitual, de nossa visão Judaico-Cristã. Os nativos foram logo endoutrinados a adorarem figuras do Europeu, daí a Cristianização e Neo-Aculturamento. Este processo é atual até os nossos dias tanto nas Américas , assim como na África e Ásia.

Pesquisas mais aprofundadas de antecessores de nossa descoberta da América, são constantemente postos a prova; se não consideradas absurdas por linhas mais conservadoras e dominantes. É fundamental relacionar a Arte com a Evolução da Historia e Religião.
Voltando ao Velho Mundo, a Europa, em Portugal nossos patrícios; A Influência Mourisca foi uma realidade por sete séculos( Pensem que fomos descobertos a cerca de cinco séculos).Isso nos faz refletir as transformações que ocorreram e estão a ocorrer. Paulatinamente, enquanto Portugal vivia o Período Manoelino, leia-se obras neo-Medievais, a Itália vivia o Renascimento. Personalidades como Leonardo da Vinci, Michelangelo, e Frei Luca Paccioli tornar-se-iam ícones na Cultura Universal. Não somente no campo das artes, mas também nas ciências. Arte na Vanguarda Européia inspirava-se na Cultura Greco-Romana. Pela primeira vez em séculos, havia a preocupação com forma, proporção, luz e sombra. O Nu era retratado como Nu, sem maiores preocupações com pudor.( O que veio a tornar-se objeto de discussões acaloradas). Começava uma ciência nova , a Proto-Arqueologia.

A Arte do Brasil era predominantemente Sacra. Os vínculos com a Colônia impunham e ditavam normas estilísticas tanto na Arquitetura , como na Escultura, Pintura e Música. Alguns Mestres se destacaram como : “O Aleijadinho”,no período colonial e anos mais tarde Benedito Calixto e Pedro Américo no período Imperial. Mas a desvinculação com padrões Europeus aconteceria somente no século XX.

O ano de 1922 foi um divisor de águas para nossa cultura. Acontece em São Paulo A Semana de Arte Moderna, e predomina a “quebra” do vinculo com o academismo na pintura, poesia e artes em geral. Nomes como Mario de Andrade , Tarsila do Amaral, Menotti Del Pichia, estremecem os conceitos até então existentes como normas Acadêmicas na Pintura.

No Mundo, aparecem nomes como Van Gogh, Pablo Picasso, Salvador Dali, Marcel Duchamp e Andy Warhol. Eles representam respectivamente: Impressionismo, Cubismo, Surrealismo, Dadaísmo e Pop-Art.

Arte se pulveriza e de modo exponencial transforma-se, refletindo o espírito de uma determinada sociedade na linha do tempo. Não podemos nos esquecer da realidade em que viveram três dos mais marcantes impressionistas: Paul Cézanne, Van Gogh e Gauguin, todos em desespero solitário procurando uma mescla de técnica e emoção. Também conhecido como: “Complexo do Artista”;

Cézanne foi um precursor. Quis iniciar do zero como se não houvesse um antecessor. Sua arte foi bombardeada com criticas ferozes, mas não desistiu. Fez mais, tornou-se um estudioso da composição, forma e cor. No final venceu, foi reconhecido.

Van Gogh procurava representar coisas simples, humildes, do dia-a-dia com a mesma devoção e respeito que pintava temas grandiosos como o Sol radiante.

Gauguin desistiu da Europa. A considerava “muito correta”, “sistemática”. Refugiou-se no Tahiti onde trabalhou por anos. Registrou um mundo diferente, selvagem onde os padrões Europeus eram superfulos. Voltou a Europa e expôs. Foi reconhecido, assim com Van Gogh, postumamente.

Voltemos ao Brasil. Quais lições podemos tirar da experiência dos Artistas Impressionistas? Foram os primeiros a quebrarem o paradigma , leia regras, na Arte que por séculos imperou para aqueles que queriam dominar o conceito de Arte. Tudo passou a ser re-pensado. Era e estaca zero. Muitos brasileiros abraçaram esta concepção. Foi o caso de Di Cavalcantti e Candido Portinari, ambos inspiradores dos artistas contemporâneos.




(*) Paulo Marcondes Neto é um renomado artista plástico paulista, com exposições realizadas na Galeira Mali Villas-Bôas e Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, entre outras. Mais informações em: http://www.artegraphicus.com/

Art Night São Paulo: evento com poesia e pintura



Não perca! Dia 22 de fevereiro, na Casa das Rosas (Av. Paulista 37), será realizado, a partir das 19 horas, o Art Night São Paulo, evento que reúne poesia, pintura, cinema, teatro e música. Durante o evento, artistas consagrados e amadores terão a oportunidade de mostrar a sua arte, apresentando diversos tipos de trabalho com o tema "Paulista Comtemporâneo".



Para inscrever o seu trabalho, envie um e-mail para paulomarcondesneto@gmail.com e contato@rodrigocapella.com.br contanto, em no máximo dez linhas, qual a proposta da tua apresentação.

Abraços e até mais,

Paulo Marcondes Neto, Rodrigo Capella, Francisco Boggio, Vanessa Morelli e Mayara Pattoli (Organizadores)